terça-feira, 27 de setembro de 2016

O que é uma escola inclusiva?




A escola inclusiva pode ser definida como aquela que educa todos os alunos em salas de aula regulares e proporciona a eles oportunidades educacionais adequadas e desafiadoras, porém ajustadas às necessidades e habilidades de cada um. Desta forma, os alunos com deficiência e aqueles sem deficiência têm a oportunidade de se preparar para a vida na comunidade, aprendendo a viver e conviver com a diferença, a ser colaborativos e mais atuantes na sociedade. Os professores, por sua vez, ampliam sua visão do que é ensinar e aprender, desenvolvem a criatividade e crescem como pessoas e como profissionais. 

Na escola inclusão é:


Stainckback (1996) argumenta que professores educadores, comprometidos com a filosofia da inclusão, são aqueles que:
 • estão mais interessados naquilo que o aluno deseja aprender do que nos rótulos sobre ele; 

• respeitam o potencial de cada aluno e acreditam na sua capacidade de aprender;
 • acreditam que todos os alunos conseguem desenvolver habilidades básicas;
 • buscam informações sobre os recursos necessários para dar maior suporte e mais oportunidades de aprendizagem aos alunos; 
• utilizam as experiências de vida do aluno como fatores motivadores; 
• aprendem com seus alunos e investigam como eles aprendem. 

As definições para inclusão no contexto escolar que elaboramos abaixo, com as ilustrações bem-humoradas de Ricardo Ferraz, destacam aspectos relevantes, alguns já discutidos acima, que precisam ser levados em consideração na construção da escola inclusiva. Convidamos vocês, professores, a explorá-las!




Na escola inclusão é:


  • Trabalhar colaborativamente, dividindo os desafios e compartilhando práticas e atividades bem sucedidas.
  • Planejar e fazer as necessárias adaptações das atividades levando em consideração o grau de dificuldade dos alunos em relação à tarefa proposta.
  • Saber que todos os alunos são diferentes, e que suas experiências prévias proporcionam a construção de saberes e resultados pedagógicos singulares, que não poderão ser desconsiderados no monitoramento e registro do desempenho escolar de cada aluno em relação às metas propostas para o grupo.
  • Celebrar cada progresso e conquista de seus alunos.
  • Fazer um exercício constante de colocar-se no lugar do outro.
  • Conhecer e utilizar ferramentas como: estratégias de aprendizagem, habilidades de estudo (organização do tempo, organização dos materiais de estudo, elaboração de registros, notas de aula, resumos, diários) que permitam o aprender a aprender
  • Não ter vergonha de pedir ajuda quando necessário e saber que os alunos podem dar informações preciosas sobre como aprendem.
  • Incentivar os alunos a fazerem escolhas e a aprenderem com seus sucessos e erros, criando para isso um ambiente ativo de aprendizagem que permita a resolução de problemas, a colaboração com seus pares, estimulando a autonomia.
  • Valorizar a diversidade e a capacidade de cada um para aprender, tendo em mente que os alunos têm ritmos e estilos diferentes de aprendizagem.
  • Saber que as experiências vivenciadas em casa, na vizinhança, com amigos e parentes, quando trazidas para a sala de aula, poderão contribuir para o melhor entendimento e significação do conhecimento escolarizado.
  • Desenvolver a criatividade, buscando alternativas que despertem o interesse e a curiosidade de todos os alunos, trabalhando com uma variedade de materiais, jogos, brinquedos, atividades, organização diferente da rotina e do espaço da sala de aula, o que irá colaborar para a ampliação das experiências de aprendizagem.
  • Saber que, na sala de aula, o aluno não é um mero espectador, mas um participante ativo na construção do conhecimento.
  • Sair da sala de aula e explorar outros ambientes como fontes ricas de conhecimento. É ir ao parque, ao zoológico, ao museu, à biblioteca, à feira, ao mercado. É fazer uma horta, plantar flores no jardim, ver a grama crescer, observar a borboleta sair do casulo...
  • Criar espaços cênicos, improvisando, usando o mobiliário já existente, trazendo outros materiais como cortinas, caixas grandes, almofadas, retalhos, sucatas, fantasias, para que as crianças dêem asas ao imaginário, atribuindo novos sentidos aos objetos, brincando de fazde-conta e interpretando o mundo.
  • Contar a mesma história de diferentes formas, usando para isso diversos recursos como sons, imagens, objetos, até que todos possam entendê- la, incentivando, com isso, o desenvolvimento dos sentidos.
  • Inventar mil maneiras de brincar da mesma brincadeira.
  • Permitir e incentivar as diferentes formas de expressão.

  • Viver com a possibilidade de encontrar novos recursos, até mesmo onde você não imaginava...

  • Compreender o limite entre o respeitar as limitações e o estimular as potencialidades.
  • Contar com a maior participação da família na escola, tanto para informações sobre a aprendizagem e o desempenho escolar da criança, quanto para uma orientação sobre o seu desenvolvimento potencial.
  • Participar de um importante movimento coletivo de quebra de paradigmas sociais, que permita a equiparação de oportunidades para todas as pessoas, deixando de lado atitudes assistencialistas.
  • Ter uma visão contemporânea de cidadania, que contemple a perspectiva dos direitos humanos universais e o conceito de homem participativo.
  • Educar cidadãos, preparar os alunos para viver e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.
http://iparadigma.org.br/arquivos/cartilha%20atividades%20inclusivas.pdf



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