Como
se relacionar com uma pessoa com PC
1. Não trate a pessoa com PC como se ela
fosse doente! Paralisia Cerebral não é doença!
Isso vale até para médicos, acredite!
Paralisia Cerebral é uma desordem
neurológica, um distúrbio do movimento e da postura causado por lesão cerebral
ocorrida na gravidez ou nos primeiros meses de vida, normalmente causada por
falta de oxigênio (hipoxia).
Perguntas como “ela é doentinha?” ou
“qual é o problema dela”, são antipáticas e demonstram falta de sensibilidade.
Pense bem, antes de falar.
2. Antes de abordar uma pessoa com PC,
procure saber qual é a deficiência.
Isso é importante especialmente no caso da paralisia cerebral, já que ela pode
assumir várias formas.
O que parece, pode não ser. É
comum que as pessoas pensem que o tal que está numa cadeira - ou que tem
limitações motoras - não entende nada do que está sendo dito e por isso se
permitem fazer comentários inadequados, tais como, "Coitadinho!”, “Qual
que é problema dele?”, “O que ela tem?”, “Ele nasceu assim?”, “Ela entende
alguma coisa?”
3. Não ignore sua presença nem
menospreze sua capacidade intelectual!
Paralisia Cerebral não é doença
mental.
Algumas pessoas apresentam
déficit cognitivo (de entendimento) associado ao quadro motor, mas o que define
a paralisia cerebral é uma disfunção motora e não intelectual
.4. Tente descobrir o melhor meio de se
comunicar com uma pessoa com PC
Muitos deles apresentam prejuízos na fala, mas isso não significa que não
possam se expressar. Ainda que não fale, isso não quer dizer que não
entende o que está sendo dito.
Se estiver interessado, tente se
comunicar e observe a expressão da pessoa que tem meios muito eficientes de
comunicação: sorrisos, olhares, acenos, gestos.
Basta você querer e ter
paciência que a conversa vai se dar.
5. Nem todo PC é cadeirante e nem todo
cadeirante tem paralisia cerebral.
Algumas crianças com PC conseguem andar antes dos sete anos e outros nunca
andarão. Depende da extensão da lesão, do tratamento etc.
Se a pessoa diz que tem PC e não
usa cadeira de rodas, não diga: “ah, mas nem parece”, como se a lesão fosse
algo a ser estampado no rosto de alguém.
6. A Paralisia Cerebral não é contagiosa,
portanto não perca a oportunidade de conviver e aprender com a diferença.
Ensine as crianças que estão à sua volta que o simples fato de estar numa
cadeira de rodas ou ter expressões diferentes daquelas com as quais se costuma
conviver, não faz de um PC um ser com o qual não é possível brincar,
conversar, se relacionar.
7. Não infantilize as pessoas com
paralisia cerebral.
Não se esqueça que na maioria das
vezes a PC não acarreta comprometimento cognitivo.
Todos crescem, amadurecem, envelhecem.
A pessoa com PC não se mantém criança indefinidamente. É comum ver pessoas mal
informadas sobre a deficiência quase fazendo "bilu-tetéia" com homens
e mulheres de 20, 30 ou 40 anos.
8. Não olhe alguém com PC como se fosse
um ser exótico.
Estima-se que surjam de 30 mil a
40 mil novos casos de paralisia cerebral por ano no Brasil.
Então, eles não são raridade nem
bicho de sete cabeças.
9. Não tenha medo de se aproximar de
alguém com uma órtese (aparelho ortopédico, bengalinha, etc.).
Algumas pessoas com PC usam
aparelhos para corrigir posturas, evitar deformidades e melhorar funções.
Esses aparelhos não tornam seus
usuários agressivos ou exóticos. Assim como algumas pessoas usam sapatos
especiais, outras usam cadeira de rodas, umas usam próteses e outras usam
órteses.
Não mexa em seus aparelhos sem pedir autorização, mesmo das crianças! Se
estiver 10. Sempre vale o bom senso: nada de piedade, mas condições iguais, companheirismo!
Normalmente, a pessoa com PC não
precisa de tantos cuidados especiais. Aliás, a maioria precisa mesmo é de boas
condições de acessibilidade.
Assim, não fique cheio de
dedos em convidá-los para festas. PCs também fazem aniversário, vão ao cinema,
viajam, estudam, namoram, compram e fazem tudo o mais que todo mundo faz.
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