terça-feira, 4 de outubro de 2016

Atividades para trabalhar com aluno autista

Então para começar nossa seleção de atividades educativas para crianças autistas, vamos partir de algo básico. É bem comum realizar atividades que visam o aprimoramento da coordenação motora, ampla e fina com as crianças autistas, sempre pensando em sua autonomia e independência. E uma das atividades que podemos propor, são as atividades de colagem.




Uma das principais dificuldades dos autistas é em relação à comunicação, principalmente a comunicação oral, o que torna a comunicação escrita muito importante, então as atividades de alfabetização são mais que necessárias. Se você não souber por onde começar, tente começar pelas atividades com as vogais e também com as atividades com as consoantes.




Vamos conhecer um pouco sobre autismo?



Para que possamos entender o autismo diremos que  é um transtorno global do desenvolvimento que se caracteriza pelo desligamento da realidade exterior, alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação e por um repertório muito restrito de atividades e interesses.
Essa dificuldade está vinculada aos diversos fatores que incidem no desenvolvimento evolutivo do homem e que começam a se manifestar nos momentos iniciais da vida de cada ser humano.
Segundo estudos, aparece nos três primeiros anos de vida  e acomete cerca de 20 entre 10.000 nascidos e é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. As manifestações do transtorno variam bastante, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica da pessoa.

Sintomas

Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir:


1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Aparente insensibilidade à dor
5. Preferência pela solidão; modos arredios
6. Rotação de objetos
7. Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo)
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Recusa colo ou afagos
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade em expressar necessidades – usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Acessos de raiva – demonstra extrema aflição sem razão aparente
18. Irregular habilidade motora – pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

Entretanto é relevante salientar que nem todas as crianças com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma.

Tratamento
 Ainda não há estudos científicos nem exames que comprovem as causas do autismo e os comportamentos para prevenir este transtorno. O que se destaca hoje é o diagnóstico precoce e a intervenção precoce, para que a criança consiga se desenvolver da melhor maneira possível e não tenha muito comprometimento de suas funções pessoais e sociais, uma vez que os sintomas tendem a mudar e até alguns, a desaparecer. Os tratamentos multidisciplinares a que a criança portadora do distúrbio deve se submeter envolve profissionais da área de saúde, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, dentre outros.

Algumas atividades para trabalhar com PC



Atividades sensoriais e motorasPintura com a mão
(Apesar da dificuldade em abrir as mãos, vale a pena incentivar,e e eles adoram)







Rolos, para massa,  ajudam a manter os braços simétricos e facilitam a preensão, porém escolha um rolo que desliza fácil, há novos modelos que são feitos com os seguradores independentes do rolo. 



Material adaptado para aluno com PC





Atividade de coordenação motora
Ligar os pontos 




Vamos conhecer um pouco sobre PC(Paralisia Cerebral)?







Como se relacionar com uma pessoa com PC
1. Não trate a pessoa com PC como se ela fosse doente! Paralisia Cerebral não é doença!    Isso vale até para médicos, acredite!
    Paralisia Cerebral é uma desordem neurológica, um distúrbio do movimento e da postura causado por lesão cerebral ocorrida na gravidez ou nos primeiros meses de vida, normalmente causada por falta de oxigênio (hipoxia).
    Perguntas como “ela é doentinha?” ou “qual é o problema dela”, são antipáticas e demonstram falta de sensibilidade.
    Pense bem, antes de falar.

2. Antes de abordar uma pessoa com PC, procure saber qual é a deficiência.    Isso é importante especialmente no caso da paralisia cerebral, já que ela pode assumir várias formas.
    O que parece, pode não ser. É comum que as pessoas pensem que o tal que está numa cadeira - ou que tem limitações motoras - não entende nada do que está sendo dito e por isso se permitem fazer comentários inadequados, tais como, "Coitadinho!”, “Qual que é problema dele?”, “O que ela tem?”, “Ele nasceu assim?”, “Ela entende alguma coisa?”

3. Não ignore sua presença nem menospreze sua capacidade intelectual!
    Paralisia Cerebral não é doença mental.
     Algumas pessoas apresentam déficit cognitivo (de entendimento) associado ao quadro motor, mas o que define a paralisia cerebral é uma disfunção motora e não intelectual

.4. Tente descobrir o melhor meio de se comunicar com uma pessoa com PC    Muitos deles apresentam prejuízos na fala, mas isso não significa que não possam se expressar. Ainda que não fale, isso não quer dizer que não entende o que está sendo dito.
    Se estiver interessado, tente se comunicar e observe a expressão da pessoa que tem meios muito eficientes de comunicação: sorrisos, olhares,  acenos, gestos.
     Basta você querer e ter paciência que a conversa vai se dar.

5. Nem todo PC é cadeirante e nem todo cadeirante tem paralisia cerebral.    Algumas crianças com PC conseguem andar antes dos sete anos e outros nunca andarão. Depende da extensão da lesão, do tratamento etc.
    Se a pessoa diz que tem PC e não usa cadeira de rodas, não diga: “ah, mas nem parece”, como se a lesão fosse algo a ser estampado no rosto de alguém.

6. A Paralisia Cerebral não é contagiosa, portanto não perca a oportunidade de conviver e aprender com a diferença.    Ensine as crianças que estão à sua volta que o simples fato de estar numa cadeira de rodas ou ter expressões diferentes daquelas com as quais se costuma conviver, não faz de um PC um ser com o qual não é possível  brincar, conversar, se relacionar.

7. Não infantilize as pessoas com paralisia cerebral.
   Não se esqueça que na maioria das vezes a PC não acarreta comprometimento cognitivo.
   Todos crescem, amadurecem, envelhecem. A pessoa com PC não se mantém criança indefinidamente. É comum ver pessoas mal informadas sobre a deficiência quase fazendo "bilu-tetéia" com homens e mulheres de 20, 30 ou 40 anos.

8. Não olhe alguém com PC como se fosse um ser exótico.
    Estima-se que surjam de 30 mil a 40 mil novos casos de paralisia cerebral por ano no Brasil.
    Então, eles não são raridade nem bicho de sete cabeças.

9. Não tenha medo de se aproximar de alguém com uma órtese (aparelho ortopédico, bengalinha, etc.).
    Algumas pessoas com PC usam aparelhos para corrigir posturas, evitar deformidades e melhorar funções.
    Esses aparelhos não tornam seus usuários agressivos ou exóticos. Assim como algumas pessoas usam sapatos especiais, outras usam cadeira de rodas, umas usam próteses e outras usam órteses.
     Não mexa em seus aparelhos sem pedir autorização, mesmo das crianças! Se estiver 

10. Sempre vale o bom senso:  nada de piedade, mas condições iguais, companheirismo!
    Normalmente, a pessoa com PC não precisa de tantos cuidados especiais. Aliás, a maioria precisa mesmo é de boas condições de acessibilidade.
     Assim, não fique cheio de dedos em convidá-los para festas. PCs também fazem aniversário, vão ao cinema, viajam, estudam, namoram, compram e fazem tudo o mais que todo mundo faz.